Alimentación España , Castilla y León, Jueves, 11 de abril de 2013 a las 15:14

Castela e Leão será referência espanhola na gestão de áreas úmidas através de um projeto europeu

A Junta de Castela e Leão e a Confederação Hidrográfica do Douro (CHD) apresentam em Valladolid o projeto LIFE WET Rivers

CGP/DICYT Antonio Silván, conselheiro de Fomento e Meio Ambiente, e José Valín, presidente da Confederação Hidrográfica do Douro (CHD), apresentaram no dia 9 de abril, no centro de educação ambiental PRAE de Valladolid, o projeto LIFE WET Rivers, uma iniciativa européia cujo fim é a gestão e o acompanhamento das áreas úmidas e ribeirinhas mediterrâneas, incluídas na Rede Natura 2000. Como explica Silván, o programa será realizado até 2017 e conta com um investimento próximo a 2,7 milhões de euros. Destes, 46,7% serão aportados pela União Européia, e o resto em partes iguais pela Junta de Castela e Leão e a CHD.

 

“A riqueza natural de Castela e Leão é um de nossos principais sinais de identidade, devemos protegê-la e recuperá-la”, enfatizou o conselheiro em declarações coletadas pela DiCYT, que explicou que o projeto será desenvolvido ao longo de 418.000 hectares de Castela e Leão, 60 espaços protegidos da Rede Natura 2000. Silván destacou que o projeto realizado na região “servirá de modelo para as diferentes comunidades autônomas da Espanha e da Europa” e permitirá controlar, dentre outros aspectos, a descarga de resíduos realizadas nestas áreas úmidas.

 

Por sua parte, José Valín indica que este programa completa o Plano Hidrográfico do Douro que a Confederação está desenvolvendo e que atualmente se encontra em sua segunda fase. Como um dos pontos mais importantes da iniciativa, ressaltou o estabelecimento de uma rede de controle e monitoramento destas áreas úmidas, o que possibilitará uma “profissionalização” destes trabalhos.

 

O projeto pretende garantir a manutenção e recuperação dos hábitats e espécies de interesse comunitário ligadas à água na Rede Natura 2000, para o que se desenvolverá um programa de gestão e acompanhamento das espécies e seus hábitats dentro dos LIC (Lugares de Importância Comunitária) e ZEPAS (Zona Especial de Proteção de Aves). Esta atuação será realizada de forma coordenada entre as administrações competentes para planejar e administrar a água e os espaços naturais (a Junta e a CHD), bem como organismos e associações de proteção da natureza e do meio ambiente, integrando nos processos de planejamento todos os setores sociais envolvidos e vinculados ao meio aquático. Assim afirma José Ángel Arranz, diretor geral do Meio Natural, que declara que o projeto “abrange a sensibilidade de todos”.

 

Âmbitos de atuação

 

Especificamente, o âmbito de atuação compreende 418.179 hectares de LIC e ZEPA fluviais e pântanos de nossa Comunidade, 17% da Rede Natura 2000 em Castela e Leão. Desta cifra global, 212.824 hectares correspondem a LIC e 205.354 hectares a ZEPA, de 60 espaços protegidos pela Rede Natura 2000. Trata-se de 3 ZEPA de pântanos, 10 ZEPA fluviais, 11 LIC pântanos e 36 LIC fluviais. Representa quase 40% da superfície LIC de Castela e Leão, 16,2% da Espanha e 3% da União Européia. Do mesmo modo, representa 48% da superfície ZEPA da Rede Natura de Castela e Leão, quase 20% da Espanha e 3,5% da União Européia.

 

Todas estas áreas também possuem outros níveis de proteção por localizarem-se em nove Espaços Naturais protegidos de Castela e Leão, como Villafáfila, Sierra de Urbión, Sierra de la Demanda, Castronuño, Hoces de Riaza e Duratón, Cañón de Río Lobos, Arribes del Duero e La Fuentona, bem como dois pântanos protegidos internacionalmente, La Nava e Villafáfila.

 

Este projeto implica um benefício para a maioria das espécies e hábitats pelos quais estes espaços foram declarados protegidos. Trata-se de 48 tipos de hábitats, 42 espécies, dentre as quais cabe citar 8 invertebrados, 6 espécies de peixes, 11 espécies de flora, 13 espécies de mamíferos e 4 espécies de anfíbios e répteis, além de 169 espécies de aves.