Tecnología España , Valladolid, Jueves, 16 de febrero de 2012 a las 13:13

Cedetel desenvolve uma aplicação de realidade aumentada voltada ao turismo

O objetivo do projeto Raloct é combinar tecnologias de localização em interiores e realidade aumentada, para seu uso em setores como o do turismo

Cristina G. Pedraz/DICYT As tecnologias para localização e posicionamento em interiores e a realidade aumentada são duas das linhas de pesquisa que estão em auge entre as trabalhadas pelo Cedel, o Centro para o Desenvolvimento das Telecomunicações de Castela e Leão, nos últimos anos. Como afirma Luis Aníbarro, diretor de Desenvolvimento Tecnológico do centro. Na primeira, trata-se de contribuir com um problema tecnológico ainda não solucionado. “Enquanto a localização em exteriores baseia-se em tecnologias GPS, em interiores, onde não chega a cobertura de satélite, a problemática ainda não está resolvida da forma ideal”. Fruto de pesquisas realizadas, o centro desenvolveu uma plataforma denominada Wiloct, na qual utilizam-se distintas tecnologias sem fio (como a radiofreqüência ou o WiFi), que permitem localizar com maior ou menor exatidão pessoas ou equipamentos dentro de um ambiente fechado.

 

A realidade aumentada, que consiste na introdução de elementos criados virtualmente em um ambiente físico real, é outra linha com grande potencial e aplicação, já que permite ampliar o cenário real com nova informação através de um audio, um texto ou uma imagem, por exemplo.

 

A fim de buscar “sinergias” entre as duas tecnologias, a localização em interiores e a realidade aumentada, Cedetel desenvolveu o Projeto Raloct. O objetivo é desenvolver uma plataforma de posicionamento em interiores baseada na tecnologia de localização que mais vantagens oferece ao desenvolvimento de aplicativos de realidade aumentada direcionados a terminais móveis, como “tablets” ou “smartphones”.

 

Trata-se, portanto, de aproveitar as funcionalidades incorporadas a estes terminais (câmaras, WiFi, Bluetooth, acelerômetros), de que já dispõem grande parte da população, para proporcionar ao usuário conteúdos adicionais relacionados com o que esteja vendo em tempo real, o que é especialmente interessante no setor de turismo.


Duas fases

 

O projeto, iniciado em 2010, foi realizado em duas fases. Conforme Raquel Luengo, responsável pelo projeto, a primeira focou-se em desenvolver a tecnologia. “Para integrar elementos de realidade aumentada é necessário saber como posicioná-los no meio e fazer com que possam interagir com o usuário se este muda sua orientação. Nesta parte entra toda a problemática de localização em interiores”, afirma.

 

Após implementar a solução tecnológica mais eficiente, os pesquisadores identificaram novos aplicativos de realidade aumentada em mobilidade baseados no conhecimento da posição e orientação do indivíduo em ambientes fechados, e desenvolveram uma plataforma RTLS (do inglês sistema de localização em tempo real), capaz de oferecer uma gama de serviços de realidade aumentada.

 

Elementos que podem ser tocados para a obtenção de dados

 

A segunda fase do projeto está dirigida à realização de testes pilotos. Assim, os pesquisadores desenvolveram “demos” orientadas ao turismo, “devido à importância deste setor em Castela e Leão, ao amplo patrimônio cultura e à experiência de Cedetel no desenvolvimento de soluções neste âmbito”, afirma Jorge Lebrato, responsável pela plataforma de localização.

 

Dentre as provas desenvolvidas encontra-se um “mundo virtual” no qual foram utilizados sensores de inércia para captar o movimento do usuário, que pode aproximar-se aos elementos e tocá-los para obter informação extra. Em outra, o usuário pode tocar os objetos de uma galeria de arte e obter dados.