Crianças são mais vulneráveis à tuberculose na Colômbia
COLCIENCIAS/DICYT Pesquisa realizada pelo Centro Colombiano de Investigação em Tuberculose (CCITB) demonstrou que na Colômbia a população infantil é muito vulnerável à doença. Segundo o doutor Jaime Robledo, diretor do CCITB, as pessoas primeiro são infectadas pela bactérias e depois desenvolvem a tuberculose. Na Colômbia, 66% da população está infectada e, nesta parcela, somente ficam doentes entre 5 a 10% dos pacientes. Desta porcentagem, pelo menos 25% são crianças.
Um aspecto chave no controle da tuberculose por parte das autoridades sanitárias foi aportado pela prova do interferon gama aplicada nos estudos, a qual demonstrou que uma pessoa infectada com altos níveis de interferon no sangue apresenta maior risco de desenvolver a doença. Este resultado ajudaria a determinar a probabilidade de uma tuberculose ativa em pessoas que já foram infectadas e pode contribuir com a priorização do controle, ante pacientes que apresentam um risco mínimo de adoecer.
“90% das pessoas infectadas por tuberculose não desenvolvem a doença no transcurso de sua vida, a menos que estejam expostas a situações que afetem seu sistema imunológico, como por exemplo o vírus do HIV”, explicou o médico.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, na Colômbia existe a tuberculose resistente e a extremamente resistente. A primeira não reage a dois dos medicamentos chaves no tratamento e a segunda não reage positivamente a nenhum medicamento, isto é, algumas formas da doença não há maneira de se tratar. Ainda que este não seja um problema de saúde pública no momento, sim é um sinal de alerta para o país, onde há entre 6 e 10 casos identificados.
Precisamente com os resultados dos estudos desenvolvidos pelo centro de excelência em tuberculose, poderão ser identificados rapidamente estes pacientes e dar-lhes o melhor tratamento possível. O trabalho do centro de excelência permitiu gerar dados específicos no país sobre a forma pela qual a tuberculose é transmitida, o que contribui a dimensionar a realidade da doença, a tomar medidas preventivas e a aplicar tratamentos adequados à nossa população. “Os resultados obtidos foram entregues ao Ministério de Proteção Social para modificar os guias nacionais de tuberculose”, concluiu o doutor Robledo.