Salud España , Valladolid, Viernes, 04 de noviembre de 2011 a las 14:05

Desenvolve-se protótipo pioneiro para tratar doenças da bexiga

Trabalho é fruto da colaboração entre a empresa Inimax, de Valladolid, a ADE, o centro tecnológico Cartif e um empreendedor tecnológico

Cristina G. Pedraz/DICYT A empresa Inimax, de Valladolid, localizada no polígono El Carrascal e dedicada à automatização industrial, iniciou uma nova linha de P&D focada no setor da biomedicina. Concretamente, realiza projetos em colaboração com o centro tecnológico Cartif relacionados com a reabilitação de braços e o tratamento de doenças da bexiga, respectivamente. Este último projeto é fruto de um convênio de colaboração entre a ADE (Agência de Desenvolvimento Econômico) de Castela e Leão, Cartif, a empresa e um empreendedor tecnológico que desenvolveu um equipamento biomédico para tratar pacientes com doenças na bexiga, Javier Vázquez, cuja finalidade é desenvolver um protótipo que possa ser reconhecido como produto médico.

 

Raúl Zapico e Daniel Díez, diretores técnico e comercial de Inimax Control de Procesos, explicaram a DiCYT que se trata de uma sonda uretrovesical para o tratamento de doenças do sistema urinário. A sonda é um aparato manipulado de forma remota cuja meta é atingir um objetivo prefixado e realizar uma ação ou enviar algum tipo de informação. Neste caso, a sonda serve para tratar a bexiga enferma. “Trata-se de uma sonda com um novo desenho introduzida no corpo humano, diante do que se deve cumprir uma série de requisitos muito restritivos”, asseguram.

 

Enquanto as sondas existentes para este fim realizam o tratamento “até onde seja possível chegar com elas”, de modo que uma parte do órgão não é tratada, a sonda patenteada por Javier Vázquez inclui uma série de bombas e sensores que contribuem para um tratamento integral. “A idéia é introduzir sistemas de bombeamento e controle para que a sonda sirva de fonte ou de abastecimento e que abranja o tratamento de toda a bexiga, o que até agora não existe no mundo”, enfatizam.

 

Reabilitação de membros superiores

 

O projeto de reabilitação de membros superiores é um sistema “inteligente” baseado no biofeedback, um novo conceito referente à regulação dinâmica da quantidade de assistência ou resistência oferecida pelo sistema em função de parâmetros como a temperatura, a sudorese ou o ritmo cardíaco do paciente. O sistema oferece dados sobre o estado físico do usuário, o que é importante nestas terapias, ao mesmo tempo em que coleta informação sobre seu estado emocional ou cognitivo, como situações de estresse ou ansiedade.

 

O método desenvolvido processa estes dados e “adapta” a terapia ao estado do paciente, com o objetivo final de recuperar as funções motoras, melhorar a coordenação e aprender novas estratégias de movimentos ou prevenir complicações secundárias associadas, como a atrofia muscular, a osteoporose ou a espasticidade.

 

Este desenvolvimento pode contribuir de forma notável à reabilitação das pessoas que, como conseqüência de acidentes cerebrovasculares ou danos à espinha dorsal, sofrem redução de mobilidade e inclusive paralisia de membros superiores. De acordo com os especialistas, mais de dois terços das pessoas que sofrem lesões no sistema nervoso sobrevivem, ainda que a maioria continue com uma notável perda de mobilidade em suas extremidades. A deterioração pode alcançar diversos graus e a reabilitação é crucial para melhorar a qualidade de vida destes pacientes.

 

Automatização industrial

 

Ainda que a empresa dedique-se à automatização em geral, nos últimos tempos grande parte de seu trabalho focou-se no setor agroalimentício, um dos mais importantes em Castela e Leão. Raúl Zapico e Daniel Díez afirmam que, em matéria de P&D, já trabalham há uns cinco anos. “Entendemos que é uma boa alternativa para continuar aprendendo, conseguir um produto que possa ser interessante para o ambiente no qual estamos inseridos e servir como alternativa ao crescimento, porque consideramos que não podemos fazer o mesmo sempre”, enfatizam.

 

Após trabalhar com diversas tecnologias como a visão artificial, a leitura de códigos de barras ou a RFID, revelam que decidiram passar à robótica através de um projeto de P&D. “Para nós a P&D não surge dentro da própria empresa, mas das necessidades de nossos clientes, das tendências do mercado ou dos pontos que ainda não estejam resolvidos”, agregam.