Salud España , León, Viernes, 05 de noviembre de 2010 a las 12:39

Estudos com idosos de Castilla y León revela a importância da atividade física em relação à qualidade de vida

O trabalho foi realizado por pesquisadores do Instituto de Biomedicina da Universidade de León (Ibiomed)

AMR/DICYT Especialistas consideram que na medida em que a população envelhece nos países desenvolvidos, a manutenção da qualidade de vida dos idosos se converte em um problema de crescente preocupação para a sociedade e administrações. Um fator pode incidir no bem estar destas pessoas: “A falta de atividade física constitui um sério problema de saúde publica e um objetivo a ser abordado para reduzir a prevalência de doenças crônicas e aumentar a qualidade de vida relacionada com a saúde e a expectativa de vida nos idosos”, explica a pesquisadora do Instituto de Biomedicina da Universidade de León (Ibiomed) Sara Márquez Rosa. Por este motivo, cientistas deste centro de pesquisa estudaram a relação entre a prática de atividade física e esse indicador de qualidade de vida em grupos de pessoas idosas de Castilla y León, a região mais envelhecida da Europa segunda a Sociedade Espanhola de Geriatria e Gerontologia.

 

Segundo explicou à DiCYT Sara Márquez, um indicador para medir o bem estar dos indivíduos é “a qualidade de vida relacionada com a saúde (CVRS), conceito relativo a componentes físicos, psicológicos e sociais da saúde”. Este índice interpreta estes componentes como áreas diferenciadas e influenciadas pelas experiências, crenças, percepções e expectativas das pessoas, afirma a especialista. Alguns estudos revelaram que a institucionalização é um fator que pode estar negativamente relacionado com a prática de atividade física e que o sedentarismo é um fenômeno generalizado nas residências de idosos. Os pesquisadores dividiram o grupo estudado em Castilla y León em “institucionalizados” e “não institucionalizados”. Por “institucionalização” se entende o momento em que uma pessoa idosa procura um estabelecimento especializado (ou instituição) diante das dificuldades de assistência de seus acompanhantes ou familiares.

 

O estudo dirigido pela professora Sara Márquez, presidente da Federação Espanhola de Psicologia da Atividade Física e do Esporte, será publicado em breve na revista “Archives of Gerontology and Geriatrics”. Neste participaram 400 sujeito de ambos os sexos e idades compreendidas entre 65 e 98 anos, que responderam a uma bateria de questionários dentre os quais se incluía o SF-36 (instrumento mais utilizado para o estudo da CVRS), a escala de Depressão Geriátrica e o questionário de atividade física de Yale. Este último é um questionário específico para população idosa, cuja adaptação espanhola e validação foi realizada há alguns anos por este grupo de pesquisadores.

 

Os resultados obtidos indicam que, tanto entre as pessoas institucionalizadas, quanto não institucionalizadas, os sujeitos mais ativos são os que apresentam valores melhores nas escalas correspondentes à função física, papel físico, dor corporal e funcionamento social do questionário SF-36. Do mesmo modo, as pontuações na escala de Depressão Geriátrica resultaram mais elevadas nos sujeitos que praticavam menos atividade física.

 

“Os dados do estudo confirmam, conseqüentemente, que a atividade física está relacionada com respostas positivas nos componentes físicos da qualidade de vida relativa à saúde e, em menor medida, produz também uma melhora nos componentes psicológicos, reduzindo ainda os sintomas de depressão”, resume a pesquisadora principal. Ademais, os resultados obtidos enfatizam a necessidade de criar estratégicas que estimulem nas pessoas idosas o desenvolvimento de estilos de vida em que esteja presente a atividade física. “A promoção da prática de atividade física deve ser um componente essencial das atividades desenvolvidas nas residências de idosos, para que estes possam desfrutar de mais qualidade de vida e melhor estado de saúde”, enfatiza Sara Márquez.