Alimentación España , Salamanca, Jueves, 16 de mayo de 2013 a las 13:36

Estudos das tartarugas marinhas em perigo de extinção em Cabo Verde

Universidade de Salamanca colabora com a Estação Biológica de Doñana (CSIC) em um programa de voluntariado ambiental e pesquisa de tartarugas no arquipélago africano

JPA/DICYT  As seis espécies de tartarugas marinhas do Atlântico e do Mediterrâneo estão em perigo de extinção. A Estação biológica de Doñana (centro do Conselho Superior de Pesquisas Científica, CSIC) pesquisa há nove anos a ecologia e a conservação da tartaruga cabeçuda tanto em águas espanholas, quanto nas praias de desova de Cabo Verde, um de seus principais locais de procedência. A Universidade de Salamanca colabora nesta tarefa e busca voluntários para os trabalhos e pesquisas que serão desenvolvidas entre junho e outubro de 2013.

 

Todas as tartarugas marinhas migram e tem um papel muito importante nos diversos ecossistemas que habitam. No litoral espanhol, a espécie mais freqüente é a tartaruga Carretta caretta, que está sofrendo uma alta mortalidade pela pesca acidental com redes e espinhel. Estudos moleculares determinaram que a maioria das tartarugas de águas espanholas nascem na Flórida e, em segundo lugar, em Cabo Verde, cujas praias de nidificação são lugares críticos para a sobrevivência e recuperação das populações ameaçadas, segundo informação do catedrático de Zoologia da Universidade de Salamanca, Miguel Lizana, coletada pela DiCYT.

 

Fundamentais no planeta

 

A tartaruga cabeçuda de Cabo Verde é a terceira população mundial da espécie, com 9.000 a 22.000 ninhos anuais, e este arquipélago africano é seu único ponto de nidificação estável em todo o Atlântico Oriental, isso é, da Espanha à África do Sul. As principais ameaças das tartarugas em Cabo Verde são a caça furtiva de fêmeas e a perda de hábitat pelas atividades turísticas. Ademais, o aquecimento global está alterando a produção de sexos, a contaminação lumínica relacionada com o turismo ameaça a sobrevivência das crias, a elevação do nível do mar ameaça a muito ninhos, e a depredação de neonatos tanto na praia, quanto no mar, é muito alta e dificulta muito a recuperação da espécie.

 

Assim, através de programas de voluntariado, protegem-se praias que são importantes para a tartaruga por sua alta densidade de ninhos, reduzindo sensivelmente a mortalidade de fêmeas e ninhos. Através deste programa, são feitos censos diários com uma média de 14.000 ninhos por temporada e são marcadas e estudadas uma média de 2.000. Os voluntários também contribuem com as diferentes pesquisas que pretendem, por um lado, melhorar o conhecimento da biologia e ecologia destas espécies e, por outro, avaliar estratégicas para melhorar a gestão das tartarugas e seus hábitats para favorecer sua recuperação.

 

Reunião informativa

 

Neste caso, os voluntários podem ser estudantes e pessoal da Universidade de Salamanca, ainda que existam outras instituições que colaboram com o CSIC. Para explicar este programa, no dia 22 de maio, as 13h, serão informados os objetivos, resultados, condições e custo econômico na sala de aula F1 do Edifício Dioscórides da Faculdade de Biologia, Campus Miguel de Unamuno, em uma sessão da qual participará o diretor do programa, Adolfo Marco, cientista da Estação Biológica de Doñana.  Os organizadores aconselham aos interessados assistir a reunião para poder reservar vaga e datas porque, pela experiência de anos anteriores, os lugares são preenchidos rapidamente.