Salud España , Valladolid, Viernes, 01 de febrero de 2013 a las 17:03

Pesquisadores do IOBA pretendem melhorar o resultado final da cirurgia de catarata

Estima-se que s茫o realizadas 400.000 interven莽玫es deste tipo por ano na Espanha

Cristina G. Pedraz/DICYT A cirurgia de catarata é a cirurgia mais freqüente no âmbito da oftalmologia. Calcula-se que por ano são realizadas na Espanha cerca de 400.000 intervenções deste tipo, consistentes na substituição do cristalino opacificado (o que provoca a perda da visão) por uma lente artificial que permite restaurar a visão. Pesquisadores do Instituto de Oftalmobiologia Aplicada (IOBA) de Valladolid analisaram o estado refrativo destes pacientes após a cirurgia de catarata, a fim de otimizar o resultado final da intervenção.

 

O trabalho faz parte da tese doutoral da óptico-optometrista e pesquisadora do IOBA Victoria de Juan, que foi orientada pelo oftalmologista do Instituto José María Herreras Cantalapiedra. De Juan explicará este trabalho, desenvolvido nos últimos quatro anos, em um Seminário de Pesquisa oferecido no dia 30 de janeiro no centro.

 

“Analisamos aspectos fundamentais da refração depois da cirurgia de catarata como o tempo de estabilização refrativa do paciente, analisando-o com distintos métodos. Também validamos diferentes instrumentos e estudamos se o instrumentos utilizado para calcular a potência da lente intraocular afeta ou não a refração, e em que medida”, resume a pesquisadora em declarações a DiCYT.

 

Trata-se, assim, “de melhorar os resultados finais da cirurgia de catarata”, a mais freqüente a nível oftalmológico e cujos pacientes “cada vez mais exigem melhorar e deixar de usar óculos”. Isto está assegurado, normalmente, quando as características do olho do paciente são “relativamente normais”, mas piora quando a comprimento axial do olho “é muito grande, ou muito pequeno”.

 

O projeto de tese, que será defendido no dia 1 de março, foi realizado em diferentes fases. Em 2008 buscou-se o financiamento necessário para seu desenvolvimento, o que foi conseguido através dos Fundo de Investigações Sanitárias (FIS) do Instituto de Saúde Carlos III. Em 2009 e 2010, realizou-se o recrutamento de pacientes, um total de 210. No final deste processo começaram a ser analisados os resultados e elaboradas as primeiras publicações.

 

Resultados do trabalho

 

Na pesquisa foram estudados dois instrumentos utilizados para calcular a lente intraocular, isso é, a lente artificial que substitui o cristalino e que permite recuperar a visão do olho: a biometria ultrassônica (US) e a biometria óptica.

 

Conforme comprovaram, os olhos que possuem um comprimento axial muito grande ou muito pequeno, isso é, os pacientes que são “ou muito míopes, ou muito hipermétropes”, tem um resultado pior depois da cirurgia de catarata. Ainda que este fato já fosse conhecido, os pesquisadores determinaram que a utilização da técnica da biometria óptica “melhora os resultados”.

 

Esta descoberta tem uma importante relevância, já que “seria possível elaborar uma espécie de protocolos para indicar quais instrumentos devem ser utilizados diante de um determinado comprimento axial ou determinadas características do olho, para que o resultado depois da cirurgia seja melhor nesse paciente”, indica a pesquisadora.