A antena da Agência Espacial Européia de Cebreros participou ativamente das operações da Nave Phoenix em Marte
MMG/DICYT Depois de percorrer 679 milhões de quilômetros, a sonda Phoenix pousou hoje em uma zona do pólo norte de Marte, de onde iniciará, a partir de agora, a missão de recolher amostras de gelo e determinar a existência de material orgânico. E nesta missão desempenhou um papel fundamental a antena de 35 metros da Agência Espacial Européia, a ESA, na localidade de Cebreros, Ávila, ao providenciar apoio para as tarefas encomendadas à Venus Express.
A de Cebreros é uma das antenas de espaço profundo da ESA, entidade dedicada a comunicações com missões em órbitas muito distantes ou com sondas interplanetárias. Esta antena foi utilizada basicamente durante a fase de aproximação a Marte, assim como durante a etapa de entrada, descida e aterrissagem, para efeitos de localização exata da nave Phoenix em colaboração com outra antena de espaço profundo da NASA.
Agora, a sonda Phoenix recolherá amostras do terreno marciano. A existência de gelo abaixo da superfície nas latitudes mais altas do planeta foi confirmada em princípios de 2002 pelo orbitador Mars Odyssey, e “Phoenix” iniciará sua missão em uma região setentrional nunca antes visitada por um artefato espacial.
Mas a missão da sonda não é somente estudar o permafrost marciano, o objetivo final é determinar se esta região, que engloba quase 25 por cento da superfície do planeta, é habitável.
As amostras recolhidas pela sonda, que funciona mediante energia proveniente de placas solares, serão analisadas em um laboratório no interior da Phoenix, dispondo de um dispositivo em forma de colher formado por três lâminas de metal capaz de recolher gelo tão duro como cimento. Por outro lado, as câmeras da nave, assim como a sua estação meteorológica, proporcionarão informação ambiental. Outro dos objetivos de “Phoenix” é saber se existiram nessa região condições favoráveis ao desenvolvimento de algum tipo de vida microbiana.
A composição e a textura do terreno poderiam fornecer alguma pista sobre se o gelo derrete como resultado de ciclos térmicos e se as amostras contêm compostos de carbono, um elemento básico na formação de vida.