Salud España , Salamanca, Lunes, 25 de junio de 2012 a las 13:04

Banco Nacional de DNA começa a coletar amostras animais e vegetais

Apesar da paralisação do Centro de Caracterização de Recursos Biológicos devido à crise econômica, os responsáveis por esta iniciativa continuam ampliando seus projetos

José Pichel Andrés/DICYT Apesar da crise econômica haver paralisado a criação do Centro de Caracterização de Recursos Biológicos, uma nova infra-estrutura será montada em Salamanca como aplicação do atual Banco Nacional de DNA, e os responsáveis por esta iniciativa prevêem começar a coletar amostras de animais e vegetais a partir deste mês de junho. Ademais, os cientistas trabalham em projetos para criar informação a partir das amostras já armazenadas no biobanco, o que representa uma maior eficiência para o conjunto das pesquisas científicas na Espanha.

 

Até agora o Banco Nacional de DNA conseguiu armazenar amostras biológicas humanas que servem de base para o estudo de diversas doenças de base genética, mas a idéia é ampliar este material incluindo nesta mesma plataforma amostras animais e vegetais que não apenas terão uma aplicação biomédica, mas também agrícola, industrial ou ambiental.

 

Os cientistas encarregados das novas tarefas já foram selecionados e suas prioridades já estão marcadas, segundo explicou a DiCYT Alberto Orfao, diretor do biobanco. Um dos primeiros objetivos será coletar material de espécies vegetais protegidas. No caso dos animais, também se apostará pelas espécies protegidas, estudando-se, ademais, os animais que têm maior interesse econômico e, particularmente, as pragas.

 

O projeto para a criação do Centro de Caracterização de Recursos Biológicos está “completamente parado” do ponto de vista administrativo, mas não do ponto de vista do trabalho dos pesquisadores que o promovem, porque “continuamos conseguindo recursos”, afirma Alberto Orfao, “tentamos consolidar o funcionamento de base”.

 

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Nesse sentido, o diretor do Banco do DNA tem claro o modelo para este tipo de infra-estruturas científicas: “Devem ter apoio público, porque são estruturas imprescindíveis, representam uma economia e precisam de um compromisso de co-financiamento através de suas próprias atividades”, assegura.

 

Contatar com empresas da região que necessitam de um centro de pesquisa de referência para suas atividades, ou tentar fomentar a criação de novas empresas biotecnológicas que aproveitem estas infra-estruturas científicas são outras opções, ainda que a simplicidade do projeto o direcione a objetivos mais ambiciosos, de modo que o diretor do Bando de DNA fala também do interesse que despertaria o futuro centro em toda a indústria farmacêutica internacional como apoio a seus testes.

 

Apesar da Espanha já possuir muitos biobancos, não existe nenhum com tanta atividade como o Banco Nacional de DNA de Salamanca, que distribuiu cerca de 20.000 amostras nos últimos dois anos para cerca de 50 projetos de pesquisa anuais, dentre eles, o estudo da leucemia linfática crônica dentro do Consórcio Internacional do Genoma do Câncer. “Apostamos por ter amostras que não existem em outros lugares e guardá-las com uma qualidade única”, afirma Orfao.

 

A iniciativa de converter o Banco Nacional de DNA em Centro de Caracterização de Recursos Biológicos se enquadra nas ações de comemoração do VIII Centenário da Universidade de Salamanca e no Campus de Excelência Internacional da instituição acadêmica, prevendo a construção de um edifício no qual poderiam trabalhar centenas de cientistas junto ao atual Centro de Investigação do Câncer, que alberga atualmente suas instalações. De momento, estes planos estão parados e o Edifício Multiuso de PD&I que a Universidade de Salamanca constrói na rua Espejo será sua sede provisória.