Salud España , Valladolid, Martes, 28 de junio de 2011 a las 17:15

Jovens espanhóis medem nove centímetros a mais que a 46 anos atrás

Pediatra endocrinologista do Hospital Clínico Universitário de Valladolid, María José Martínez Sopena explica este fenômeno

CGP/DICYT A baixa estatura é um dos motivos de consulta mais freqüentes em pediatria. No entanto, como assinala a doutora María José Martínez Sopena, pediatra endocrinologista do Hospital Clínico Universitário de Valladolid, em muitos casos, esta preocupação é infundada. Nos últimos cinqüenta anos o país registrou um notável crescimento no tamanho médio, aumentando em quase dez centímetros desde o começo do século XX. De fato, o tamanho médio dos soldados em 1965 era de 167,7 centímetros, enquanto que os jovens atuais de 18 anos tem uma estatura média de 176,2 centímetros.

 

“Este fenômeno, conhecido como um processo de aceleramento secular do crescimento, deve-se à melhoras nas condições sanitárias, alimentícias e ao desenvolvimento do bem-estar social atual”, explica esta pediatra. “A evolução destes fatores colocou a Espanha nos níveis da França e da Inglaterra, quando há 30 estávamos por baixo da média européia”. O ranking está encabeçado pela Suécia, Alemanha e Holanda, sendo que neste último a o tamanho médio dos homens é de 1,84 metros, superando ao 1,70 das mulheres.

 

Na opinião da doutora, que participou recentemente do Congresso da Associação Espanhola de Pediatria (AEP) celebrado em Valladolid, o interesse dos pais tem a ver mais razões estéticas que médicas. “Hoje em dia não é bem visto ter uma estatura baixa-média já que não reponde ao protótipo estético e social predominante e o problema, em alguns casos, é que uma situação com altura menor à média, mas dentro do valor normal, afeta negativamente não só as crianças, mas também os pais”.

 

Por definição, e considerando o sistema de percentiis normais para uma determinada população, somente 3% dos mais baixos espanhóis não chegaria aos intervalos de normalidade. Nestes casos, a causa não é sempre um déficit no hormônio do crescimento, mas diversas patologias que podem originar o problema. “Patologias hematológicas, cardiológicas ou renais influenciam diretamente no organismo da criança e conseqüentemente alteram seu ritmo de crescimento, como acontece com outras doenças digestivas, como a doença celíaca”, afirma a doutora Martínez Sopena, que insiste na importância da detecção precoce.

 

“A organização atual do sistema sanitário espanhol no que se incluem revisões periódicas e onde se monitora o crescimento permite adiantar-se a qualquer problema e determinar o risco de complicações na curva do crescimento. Sob a menor suspeita, a criança é levada ao seu pediatra para a consulta endocrinológica”, destaca esta pediatra.

 

Tratamento

 

O tratamento do déficit do crescimento varia em função da patologia responsável. “Há 30 anos temos disponível um hormônio biosintético de crescimento e está aprovado também seu uso no caso da Síndrome de Turner, o em crianças com atraso de crescimento intra-uterino que não recuperaram percentiis normais ao completar quatro anos de idade”. No caso de baixa estatura idiopática, na que não se encontra uma causa definida para a baixa estatura, “ainda não existe possibilidade de tratamento com GH”, conclui a especialista.