Alimentación España , Palencia, Lunes, 26 de marzo de 2012 a las 13:14

Pesquisa-se o controle biológico do ‘Fusarium circinatum’, patógeno do Pinheiro Moterrey

Sociedade Espanhola de Ciências Florestais premiou o trabalho realizado por Pablo Marínez Álvarez na Escola de Engenharia Agrária de Palencia

CGP/DICYT O pesquisador da Escola de Engenharia Agrária de Palencia, Pablo Marínez Álvarez, obteve recentemente um dos prêmios da Sociedade Espanhola de Ciências Florestais (SECF) na categoria de melhor tesina, projeto de conclusão de curso ou de mestrado do ano. Martínez Álvarez analisou em seu trabalho do Mestrado em Conservação e Usos Sustentáveis dos Sistemas Florestais um fungo patógeno que está causando a morte de muitos Pinheiros Monterrey (Pinus radiata) no norte da Espanha, principalmente no País Vasco.

 

O patógeno, denominado Fusarium circinatum, foi identificado pela primeira vez em 2004, no México e nos Estados Unidos. Em seu trabalho, orientado pelo professor do Departamento de Produção Vegetal e Recursos Florestais, Julio Javier Díez Casero, o pesquisador aborda os estudos realizados com este fungo patógeno e com um antagonista, Trichoderma harzinum.

 

Como explicou a DiCYT, o trabalho tem três partes. Na primeira procedeu-se ao isolamento dos patógenos, isso é, à obtenção deste fungo em um meio de cultivo no qual pode ser manejado.  “Coletamos amostras no monte e as isolamos no laboratório”, detalha o pesquisador, que agrega que junto ao Fusarium circinatum apareciam aproximadamente outras 20 espécies de fungos que também foram estudadas.

 

Dentre elas, coletou-se o antagonista Trichoderma harzinum, utilizado posteriormente nos testes. “Existia bibliografia em que havia sido utilizado este fungo endófito (que vive dentro dos tecidos do hospedeiro sem causar nenhum dano), Trichoderma harzinum, frente a outras doenças causadas pelo mesmo gênero de patógeno, Fusarium, em outras espécies do âmbito hortícola, de modo que avaliamos seu antagonismo diante do patógeno Fusarium circinatum.

 

Posteriormente foram realizados testes tanto in vitro, quanto com uma semente e uma planta (in vivo). “A segunda parte do trabalho, já com estes dois fungos, consistiu na realização de um teste in vitro para ver sobre um meio de cultivo artificial como se comportava o fungo antagonista frente ao crescimento da colônia do fungo patógeno”, precisa. Os resultados in vitro foram bons, enfatiza, já que o fungo antagonista diminuiu o crescimento do patógeno.

 

Finalmente, realizou-se a terceira parte do trabalho, na qual se fez o mesmo teste com material vegetal, in vivo, utilizando sementes de Pinho Monterrey. “Observamos tanto na germinação, quanto na sobrevivência das plântulas, o efeito que o antagonista teve sobre o patógeno e, neste caso, os resultados não foram tão conclusivos”, afirma Pablo Martínez Álvarez.

 

Após a elaboração deste projeto, desenvolvido ao longo de um ano, o pesquisador iniciou sua tese doutoral na qual continua buscando um fungo antagonista que diminua o crescimento do Fusarium circinatum, tão pernicioso para as florestas do norte do país. A tese pretende, de modo geral, controlar biologicamente a doença através do uso de fungos endófitos. Conforme destaca, “para passar à fase in vivo é necessário que existam estudos prévios que avaliem o efeito in vitro de possíveis fungos antagonistas, o que evita muito trabalho. É preciso selecionar as espécies que funcionam melhor in vitro para passar à fase in vivo”.

 

Prêmio da Sociedade Espanhola de Ciências Florestais

 

Pablo Martínez Álvarez foi premiado recentemente pela Sociedade Espanhola de Ciências Florestais com 750 euros pelo trabalho elaborado no Mestrado de Conservação e Usos Sustentáveis dos Sistemas Florestais. O jurado avaliou sobretudo a originalidade do tema, além de sua aplicabilidade prática na solução dos problemas gerados nos montes.