Aplicativo para celulares permitirá controlar a iluminação do lar através da voz
PAD/DICYT O Projeto Apolo, desenvolvido no Clube Universitário de Inovação realizado todos os anos pela Universidade Pontifícia de Salamanca (UPSA), nasce com o objetivo de ajudar pessoas cegas a administrar diferentes dispositivos eletrônicos do lar através de comandos de voz. Assim, criou-se um aplicativo celular para dispositivos Android e um protótipo de rede de iluminação de um lar com tecnologia X-10, um protocolo para o controle remoto de dispositivos eletrônicos que aproveita a rede elétrica já instalada no lar e que, portanto, não demanda obras adicionais.
Os responsáveis pelo projeto são três estudantes de Informática da UPSA, Eduardo Lanchas, Iker Muriel e Juan Augustín Rodríguez. Segundo suas explicações a DiCYT, pela sua formação, destacam que o desenvolvimento do aplicativo não gerou muitos problemas, mas encontraram dificuldades na parte eletrônica da construção do protótipo.
A idéia de desenvolver um aplicativo deste tipo surgiu em uma reunião com um membro da ONCE, na qual se manifestou a dificuldade dos cegos para saber se as luzes e outros dispositivos eletrônicos do lar estão acesos ou apagados. A partir de então nasceu o projeto desenvolvido, que nas palavras de Muriel é “um sistema para controlar as luzes de uma casa por voz”, mas que pode ser ampliado a mais opções: “O que apresentamos baseia-se nas luzes, mas pode ter outras aplicações, como no caso do alarme, irrigação, música, calefação... Tudo controlado por voz através de um telefone Android”.
Além da capacidade de administrar o ascender e apagar das luzes, além de outros elementos eletrônicos, este aplicativo permite obter informação do estado do sistema, informando, por exemplo, quais dispositivos estão ligados e quais não. Ademais, permite apagar todos os aparelhos de forma simultânea com um único comando de voz.
Ainda que os autores do projeto não possuam organizações ou empresas interessadas na aquisição do produto até o momento, de modo que não concebem sua comercialização a curto prazo, pretendem continuar trabalhando no aplicativo, já que consideram que pode ser útil “para qualquer tipo de pessoa, não apenas para pessoas com deficiência”.
O Projeto Apolo é um dos 12 desenvolvidos no curso 2011-2012 dentro do Clube Universitário de Inovação, que trata de lançar iniciativas tecnológicas inovadoras que possam ser interessantes para as empresas e para a sociedade, e que prosperam a partir de propostas desenvolvidas pelos próprios alunos da Universidade Pontifícia de Salamanca, com o apoio de seus professores e do Projeto de Transferência de Conhecimento Universidade-Empresa (T-CUE) da Junta de Castela e Leão.