Alimentación España , Palencia, Lunes, 21 de mayo de 2012 a las 13:39

Pesquisa-se como um fungo patógeno afeta distintos tipos de coníferas

Um grupo do Campus de Palencia estuda ‘Fusarium circinatum’, que está causando graves danos no norte da Espanha

Cristina G. Pedraz/DICYT Fusarium circinatum é o nome do fungo que está causando a morte de muitos Pinheiros Monterrey (Pinus radiata) no norte da Espanha. Identificado pela primeira vez nos anos 40 nos Estados Unidos e México, ultimamente estendeu-se por grande parte dos países que cultivam esta espécie de pinheiro, uma das coníferas mais utilizada em plantações de todo o mundo. Na Europa foi detectado em 2004, especificamente na Costa Cantábrica, onde existem mais Pinheiros Monterrey e a gravidade da doença esta mais presente.

 

Na Escola de Engenharias Agrárias de Palencia, Pablo Martínez Álvarez, pesquisador do Programa de Mestrado e Doutorado em Conservação e Uso Sustentável de Sistemas Florestais, está estudando o efeito de Fusarium circinatum na germinação e sobrevivência de diferentes espécies de coníferas.

 

“Tentamos avaliar o efeito de Fusarium circinatum em diferentes espécies de pinheiros e outras coníferas para saber se pode ser um potencial patógeno de outros hospedeiros ou se restringe-se somente ao que até agora aparece na bibliografia, às espécies do gênero Pinus, sobretudo Pinus radiata, e à espécie Pseudotsuga menziesii, cujo nome comum é Abeto de Douglas”, enfatiza.

 

A pesquisa, que faz parte de um projeto conjunto com o Governo da Cantabria, inclui um teste no qual se semeou um número determinado de sementes de cada uma das 15 espécies analisadas, a fim de comprovar os efeitos do patógeno na germinação e sobrevivência das plântulas que germinavam. Além de distintas espécies de pinheiro, o experimento incluiu outras coníferas nas que a suscetibilidade a ‘Fusarium circinatum’ nunca havia sido avaliada, espécies “que a princípio poderiam ser alternativas às plantações do pinheiro mais afetado pelo fungo, o Pinheiro de Monterrey da Costa Cantábrica”, afirma Martínez Álvarez.

 

Até agora os pesquisadores obtiveram os resultados esperados. “Os pinheiros são muito suscetíveis à doença, pois é um patógeno agressivo, sobretudo os pinheiros da espécie mais afetada, o Pinheiro de Monterrey, que morrem facilmente”, detalha. Por outro lado, espécies como Chamaecyparis lawsoniana (cedro-do-óregão) y Sequoiadendron giganteum (sequoia-gigante), não foram afetadas durante o ensaio.

 

Paralelamente está sendo realizado outro ensaio similar em campo. “Estamos testando as espécies também no monte, observando que efeito ou que sintomas apresentam quando plantadas nas áreas afetadas pela doença”, afirma o pesquisador, que ressalta a importância deste experimento complementar. “No laboratório a plântula que emerge ao plantar a semente tem um tecido jovem, muito macio. Nessas condições, com um patógeno tão agressivo, os danos são muito altos e poderíamos estar mascarando uma possível resistência à doença quando a planta já está mais lignificada, de modo que é necessário contrastar estes resultados com os de campo”, explica.

 

Tese doutoral

 

Esta pesquisa faz parte da tese doutoral de Pablo Martínez Álvarez, desenvolvida no Laboratório de Patologia Florestal da Escola de Engenharias Agrárias de Palencia, orientada pelo catedrático Julio Diez Casero. Recentemente foi apresentada nas Jornadas de Jovens Pesquisadores realizada em Valsaín (Segovia) e organizadas pelo Instituto Universitário de Investigação em Gestão Florestal Sustentável da Universidade de Valladolid-INIA.

 

Do mesmo modo, o jovem pesquisador obteve um dos prêmios da Sociedade Espanhola de Ciências Florestais (SECF) outorgado a melhor tesina, projeto de conclusão de curso ou de mestrado do ano. Nesta ocasião, recebeu o segundo prêmio por seu trabalho de mestrado sobre o controle biológico do ‘Fusarium circinatum’. O júri avaliou a originalidade do tema e sua aplicabilidade prática na solução dos problemas gerados nos montes.

 

A doença causada pelo Fusarium circinatum é de quarentena, isso é, implica uma série de medidas de erradicação e prevenção para evitar ou limitar o risco de contágio na área em que se destaca o foco da infecção. Assim, aos danos causados pelo patógeno na floresta, somam-se importantes prejuízos econômicos quando aparece em determinadas explorações, como os viveiros.

 

“A doença tem uma problemática bastante grande associada a viveiros, podendo causar danos ao reproduzir os pinheiros. Quando se detecta este patógeno, os proprietários do viveiro precisam destruir toda a planta suscetível a esta doença e, portanto, os prejuízos são grandes”, afirma o pesquisador.

 

Do mesmo modo, quando a infecção aparece no monte “os proprietários florestais precisam eliminar todo o material doente, e inclusive a normativa obriga a eliminar um quilômetro em torno do foco detectado”, afirma Pablo Martínez Álvarez.