Ciencias Sociales España , Salamanca, Viernes, 12 de noviembre de 2010 a las 13:31

Garmendia afirma que o centro 3CIN é “emblemático” para a cultura científica

A ministra de Ciência e Inovação inaugurou hoje em Salamanca Empírika, a Feira Ibero-americana de Ciência, Tecnologia e Inovação

José Pichel Andrés/DICYT A ministra de Ciência e Inovação, Cristina Garmendia, inaugurou nesta manhã Empiríka 2010, a Feira Ibero-americana de Ciência, Tecnologia e Inovação, que até o próximo dia 21 de novembro encherá Salamanca de atividades relacionadas à cultura científica. No ato inaugural, que teve lugar na sede do antigo Banco de Espanha, o Espaço ‘Investiga’ da Feira, Garmendia destacou a importância do novo Centro de Estudos da Ciência, Cultura Científica e Inovação (3CIN), organizador deste evento, ao tratar-se de uma entidade única na Espanha, no âmbito da divulgação científica.

 

Na opinião de Garmendia, o 3CIN permitirá avançar no campo da cultura da Ciência e da inovação. Para o Ministério, trata-se de um eixo “tão relevante”, assinalaram, que se inclui na futura lei da Ciência, Tecnologia e Inovação, em tramitação parlamentar neste momento. “Queremos que as atividades em matéria de divulgação científica e de divulgação da inovação formem parte sistemática da carreira de pesquisadores e, para isso, possui um capítulo especial a lei que reconhecerá o mérito destas atuações”, explicou. “Fica claro que é algo necessário para o avanço de nosso sistema científico, tecnológico e de nosso sistema econômico”.

 

Por isso, “a existência de um centro emblemático como este, que entenda e assuma este papel, é uma boa notícia para todos. Ademais, está dirigido por uma pessoa que sempre acreditou nisso, Miguel Ángel Quintanilla, quem lutou por esta necessidade e me parece a melhor maneira de culminar seu trabalho: tem o apoio do Ministério de Ciência e Inovação e o seguirá tendo nos próximos anos”.

 

A ministra explicou que o centro obteve um orçamento de 211.000 euros para ser criado e, nos próximos anos, obterá financiamento através de projetos competitivos. “Estou segura de que um centro como este apresentará atuações que sejam passíveis de financiamento pelo Ministério de Ciência e Inovação”, afirmou.

 

Um centro único e pioneiro

 

Ademais, “é o primeiro com estas características, com um eixo tão centrado na divulgação da Ciência e da Inovação na Espanha”, comentou. Apesar de instituições e empresas dedicarem parte do seu tempo a esta tarefa, “não há um centro especificamente dedicado como este e com uma pessoa tão especializada no comando”, insistiu.

 

A ministra fez referência ao apoio das empresas na tarefa de divulgação científica, cada vez maior, assim como o interesse dos cidadãos neste assunto. “O papel da cultura científica será chave para a democracia”, assinalou, no sentido de que os cidadãos devem estar bem informados para entender as questões relacionadas com a Ciência e poder, a partir daí, tomar decisões.

 

Por outra parte, Garmendia referiu-se à Estratégia Estatal de Inovação aprovada pelo governo, que tem como objetivo “duplicar o tamanho da nossa economia inovadora”, com investimentos privados, empresas inovadoras e uma previsão de criar 500.000 empregos em média e alta tecnologia. “No mercado da economia verde, Espanha está muito bem posicionada”, graças à empresas como Unisolar, localizada em Béjar (Salamanca), que Garmendia visitou antes de passar por Empírika. “A Espanha ocupa a quinta posição mundial em patentes em energias renováveis, é um âmbito que queremos e podemos liderar”, aponta.

 

Presença Ibero-americana

 

Miguel Ángel Quintanilla, diretor do Instituto Universitário de Estudos da Ciência e da Tecnologia e promotor de 3CIN e de Empírika, agradeceu a presença da ministra e assegurou que a feira não aconteceria sem ela, assim como o desenvolvimento do 3CIN. “No século XXI, as feiras do futuro serão de Ciência e Tecnologia”, afirmou, para “levar a Ciência aos cidadãos”. Quintanilla agradeceu a presença de representantes do México, Colômbia e Brasil, especialmente do Secretário de Estado de São Paulo, Carlos Vogt, que testemunhará a celebração de Empírika em 2012, no Brasil.

 

“Ibero-américa é uma das regiões mais promissoras no futuro e a Universidade de Salamanca é presença número um aí no que se refere à capacidade de atração à Europa”, explicou Quintanilla. “A pequena escala da feira é uma amostra de que temos grande capacidade de convocatória. Existem muitas instituições científicas e cada uma traz informação, experimentos, equipamentos... Há de todo”, assegura. Por isso, convidou à todos os cidadãos a que “aproveitem a Ciência” nestes dias.

 

“Idéia magnífica”

 

“É uma idéia magnífica”, indicou o conselheiro de Educação, Juan José Mateos, enlaçando este evento com a Semana da Ciência, celebrada em toda a comunidade de Castilla y León. “É uma notícia muito boa à qual aplaudo e com a que colaboramos em todos os aspectos”, em particular a Fundação Universidade de Castilla y León e especialmente através da “formação de professores não universitário em Ciência”, referindo-se à Sala de Aula Empírika, celebrada na quinta-feira passada, 4 de novembro, como atividade anterior as demais.

 

Para Mateos, Empírika é “uma vitrine da Ciência do século XXI” iniciada por Miguel Ángel Quintanilla, quem “conta com nosso apoio para desenvolver o novo centro”. O conselheiro destacou que este é um “bom exemplo” da sociedade moderna com relação à Ciência.

 

Finalmente, o reitor da Universidade de Salamanca, Daniel Hernández Ruipérez, destacou a importância do centro 3CIN e expressou seu desejo de que sua existência, apoiada por diferentes instituições, seja respaldada “em termos orçamentários”. A feira Empírika é “um dos primeiros exemplo do que pode oferecer este centro” e é “mais que uma exposição, é um espaço no que podemos conseguir com que a Ciência entre em nossa vida diária e cultural”. Depois de passar pela América, “voltará gloriosamente a Salamanca em 2018 e será uma das melhores manifestações do VIII Centenário da Universidade”.