Tecnología España , Valladolid, Viernes, 27 de enero de 2012 a las 14:34

Grupo da Universidade de Valladolid pesquisa novas aplicações das TIC

Trabalham na integração de tecnologias em campos nos quais estas ainda não eram utilizadas, bem como na mescla de sistemas que permitam um valor agregado

Cristina G. Pedraz/DICYT As tecnologias da informação e da comunicação (conhecidas como TIC) são o conjunto de sistemas utilizados no tratamento e transmissão de informações. Sua base, a eletrônica, suporta o desenvolvimento de áreas tão influentes na sociedade atual como a informática, a internet ou as telecomunicações. O conceito de TIC converteu-se, assim, em um recurso comum no vocabulário de qualquer cidadão, ainda que por trás dele encontre-se um mundo em constante desenvolvimento. Neste amplo campo trabalha um grupo de pesquisa da Universidade de Valladolid, o grupo CIT (Comunication and Information Technologies), formado por cerca de 15 professores e pesquisadores do Departamento de Teoria do Sinal e Comunicações e Engenharia Telemática.

 

O coordenador do grupo, Javier Aguiar, detalha que é uma equipe “peculiar” formada por pesquisadores multidisciplinares especialistas em diferentes áreas. “Praticamente abrangemos todas as áreas relacionadas com as TIC. Desse modo, não estamos focados em uma linha de pesquisa, mas possuímos várias em função das necessidades impostas pelas empresas com as quais colaboramos ou os objetivos estratégicos estabelecidos pela Europa periodicamente em matéria de pesquisa”, afirma.

 

Esta adaptação às necessidades existentes em cada momento relaciona-se com a vocação do grupo de “auto financiar-se” através de projetos competitivos e contratos com empresas do setor de Castela e Leão. “Dedicamo-nos à realização de projetos competitivos em função dos objetivos determinados pelos instrumentos para seu financiamento, que variam ao longo do tempo, e também trabalhamos normalmente com empresas em matéria de transferência tecnológica. Neste sentido, colaboramos através de duas vias, o desenvolvimento de projetos públicos competitivos de pesquisa e atendendo pedido de clientes quando estes identificam uma necessidade, ou quando detectamos uma tecnologia que pode ser mais benéfica para eles”, explica.

 

Deste modo, o número de membros do grupo varia de acordo com os contratos e projetos em desenvolvimento, bem como dos doutorandos que fazem a tese. “No total somos em média 15 pessoas. Agora mesmo existem quatro pessoas fazendo sua tese, bem como pessoas que já a apresentaram e continuam trabalhando conosco. Tentamos fazer com que a passagem pelo grupo seja a mais estável possível”, afirma Aguiar.

 

Linhas de pesquisa

 

Em relação às linhas de pesquisa, o coordenador do grupo CIT explica que focam-se em tudo o que se relaciona “com a engenharia e o desdobramento de serviços, as aplicações software e as plataformas de desdobramento existentes por trás destas”. Do mesmo modo, atualmente trabalham em sistemas sensíveis ao contexto “que se adaptam às necessidades do usuário de acordo com o contexto em que se movem”, e também na inteligência artificial aplicada a distintos processos de engenharia.

 

“A inteligência artificial é uma tecnologia madura, de modo que a aplicamos em campos nos quais ainda não havia sido utilizada, como o da eficiência energética”, indica o pesquisador, que agrega que realmente não são “disruptivos” em nenhuma tecnologia, mas que tentam “misturar várias para fazer com que o valor agregado conquistado seja maior do que a soma de cada tecnologia individualmente”.

 

Uma das primeiras linhas em que o grupo começou a trabalhar, há mais de 10 anos, foi a provisão de qualidade de serviços em redes de comunicações. Concretamente, colaboraram em diversos projetos internacionais relacionados com a provisão de qualidade de serviço em redes de satélites como Icebergs, do V Programa Marco da Comissão Européia, e Satsix, do VI Programa Marco. Posteriormente, indica o especialista, “estas linhas se divergiram às necessidades das empresas e dos projetos competitivos”.

 

O grupo CIT colabora com duas entidades internacionais de grande peso, como a Agência Espacial Européia (ESA, em inglês). Neste caso, tentaram prover qualidade de serviço em sistemas DVB-RCS, um padrão de comunicações interativas por satélite. De acordo com Javier Aguiar, “geralmente os satélites estão pensados para broadcasting, ou seja, para a difusão da informação, e não para que o usuário também possa enviar informação e ter um canal de retorno”. O primeiro sistema um pouco “massivo” para acessar esta possibilidade foram os DVB-RCS e o grupo de Valladolid estudou “como prover qualidade de serviço nestes sistemas para que o usuário pudesse usar a rede satélite e ter serviços interativos”.

 

Por outro lado, o grupo cooperou com o Instituto Europeu ETSI, dedicado à padronização e regulação de normas, na regulação da avaliação em comunicações “quando existe muito ruído de fundo”. “Isto surge com a explosão massiva dos terminais celulares e o uso de bluetooth, nos quais existe um ruído de fundo importante. Tratou-se de avaliar este tipo de incidências e prover a qualidade do serviço”, afirma o pesquisador.