Tecnología España , León, Martes, 20 de septiembre de 2011 a las 16:01

Iniciam-se os testes no gaseificador de biomassa desenvolvido pela Ciuden

Instalação, cuja fase de construção foi concluída, está orientada à geração de eletricidade

Antonio Martín/DICYT A planta de gaseificação de biomassa de caráter experimental e de demonstração à escala industrial construída em Cubillos del Sil (León), no programa de captura de CO2 da Fundação Cidade da Energia, está pronta para iniciar os testes. O coordenador do Programa de Aplicações Energéticas da Ciuden, Alejandro Guerrero, informou que os primeiros testes de engenharia começam neste outono.

 

O principal objetivo desta instalação, que ocupa um imponente espaço de 100 metros quadrados na planta de captura experimental situada em El Bierzo, é a obtenção “sustentável e inovadora de um gás a partir da biomassa, apto a aplicações como a geração elétrica, a oxigaseificação, e a fabricação de combustíveis líquidos”, expõe Guerrero. A potência do gaseificador é de 3 megawatts térmicos, semelhante ao de uma instalação idêntica que a empresa Inerco, co-participante do projeto, possui em Sevilha. “Aqui se quer dar um salto qualitativo”, expressa Guerrero.

 

O processo de geração de energia escolhido é a gaseificação, “em que a fonte de combustão se caracteriza pela carência de oxigênio”. Desta maneira, a quantidade de matéria não aproveitada é pequena, cerca de 5%, e o resto se decompõe. A biomassa térmica convertida em gás é “um combustível mais limpo, sem cinzas, com transporte mais simples e para o qual já foram desenvolvidos combustores”.

 

O objetivo final não é só a utilização da biomassa, mas, a partir das técnicas de captura de CO2 que se incluem o projeto, oferecer um balanço negativo das emissões deste gás de efeito estufa. Os primeiros testes serão realizados com pellets, passando depois a lascas ou micro-lascas, ou seja, material vegetal não industrializado. “A finalidade é utilizar material com valor nulo ou negativo”, como restos de árvores e de herbáceas procedentes da agricultura. Os responsáveis pelo projeto pretendem comercializar todo este processo em 2014.

 

Partes do gaseificador

 

O gaseificador é composto por sistemas diferentes, de acordo com o tipo de biomassa, um silo em forma de pirâmide para lascas e um funil para pellets. A realização do processo se dá graças ao calor aportado pelos gases de escape de uma câmara de 350 megawatts térmicos alimentada com gás natural. O reator é um corpo cilíndrico de 6,35 metros de altura e 2,10 de diâmetro. Um sistema de extração de cinzas através de dois ciclones mantém a estrutura limpa. Os gases são tratados com dois ciclones e o excedente é enviado a uma câmara.

 

Leito fluído borbulhante como base otimizadora

 

O gaseificador é um elemento fundamental na produção de energia com biomassa, no qual, através da combustão, gera-se energia em forma de biogás. Geralmente dispõe de uma esteira transportadora como entrada da fonte de energia, que a leva a um funil, na parte superior da peça. Ciclicamente, recarrega-se por um sistema de eletroválvulas pneumáticas, e de forma automática comprova o nível do material interno para recarregar o sistema com nova biomassa, para que funcione constantemente. Neste projeto, denominado DOTGe, o gaseificador de biomassa é de leito fluído borbulhante, que pretende conseguir um otimização econômica, energética e ambiental desta tecnologia para poder transferir os resultados a plantas comerciais já no ano 2014.