Salud España , Salamanca, Martes, 29 de noviembre de 2011 a las 17:03

Nova geração de implantes cocleares será completamente inserida na cabeça

Cientista da Universidade de Innsbruck (Austria), que trabalha com pesquisadores de Salamanca, explica os desafios dos implantes cocleares

JPA/DICYT Reinhold Schatzer, cientista do Christian Doppler Laboratory for Active Implantable Systems da University of Innsbruck (Austria), explicou hoje algumas das pesquisas mais avançadas em relação aos implantes cocleares em um seminário oferecido pelo Instituto de Neurociências de Castela e Leão (Incyl). Cientistas deste centro da Universidade de Salamanca colaboraram anteriormente com ele e atualmente retomaram o contato com vistas a futuros projetos conjuntos. O objetivo de todos é melhorar a audição por meio de implantes cocleares.

 

“Há duas linhas de pesquisa principais sobre as quais estamos trabalhando no Innsbruck. Uma é desenvolver uma nova geração de implantes cocleares, que consiste em criar dispositivos cada vez menores e sem nenhum componente externo”, afirma. Atualmente os implantes cocleares têm uma parte externa e uma parte interior, mas o objetivo dos pesquisadores é desenvolver um sistema totalmente implantado, sem parte externa. “Este é o passo definitivo no desenho de implantes”, afirma em declarações a DiCYT.

 

A segunda linha de pesquisa está relacionada com a transformação do sinal acústico que chega ao ouvido em sinal elétrico capaz de ser processado pelo cérebro. A chave está em desenvolver novas estratégias para processar os sons em dois aspectos: criar processadores mais fisiológicos e criar processadores que incorporem informação sobre a variação temporal do som. Atualmente ainda não foi possível, essa informação é crucial para perceber os tons musicais.

 

Para desenvolver esta pesquisa, os cientistas austríacos trabalham diretamente com pacientes. “Convidamos os pacientes a passar dois dias no laboratório e realizamos audições, testes psicofísicos e de percepção”, definitivamente, testes intensivos para comprovar se as novas estratégias de processamento pesquisadas pelos cientistas funcionam corretamente.

 

Reinhold Schatzer colaborou há dois anos com Enrique López Poveda, cientista do Incyl especialista em audição. Precisamente, a conferência que ministrou no dia 25 de novembro no Incyl trata dos resultados científicos dessa colaboração, mas “falamos sobre como continuá-la e como iniciar novas colaborações”, comentou.

 

O especialista também refletiu sobre o futuro próximo dos implantes cocleares. Um dos aspectos mais importantes é conseguir melhores resultados para todas as pessoas, já que atualmente os implantes cocleares funcionam melhor em uns pacientes que em outros. “Alguns pacientes estão muito satisfeitos com os implantes, mas outros escutam e entendem de uma forma muito pobre, de modo que precisamos ver quais diferenças existem entre eles”, explica. O objetivo dos cientistas é averiguar porque ocorrem estas variações entre pessoas que têm o mesmo tipo de implante.

 

De outro lado, inclusive nos casos em que os implantes funcionam bem, um problema comum é que “os pacientes que estão rodeados de ruído como, por exemplo, em uma cafeteria, percebem muitos sons e para eles é muito difícil prestar atenção ao que diz uma única pessoa”, afirma. Ademais, destaca também que a percepção da música é difícil e insatisfatória em todos os casos, de modo que os pesquisadores querem conseguir uma percepção musical mais parecida à normal.