Prêmio Inventores Unicamp realiza sua 7ª edição
Bárbara Pungi Villela/ComCiência/Labjor/Dicyt - A 7ª Edição do Prêmio Inventores Unicamp 2014, realizada no último dia 18, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pela reitoria, em parceria com a Agência de Inovação Inova Unicamp, premiou pesquisadores, docentes e ex-alunos que realizaram pesquisas nas categorias de Tecnologia Licenciada, Patentes Concedidas, Destaque na Proteção à Propriedade Intelectual e Tecnologia Absorvida pelo Mercado.
O Instituto de Química foi o destaque do evento, contemplado com 14 troféus. Marisa Masumi Beppu, professora e representante da Faculdade de Engenharia Química, recebeu o prêmio Destaque na Proteção à Propriedade Intelectual. “Eu represento o trabalho de um conjunto de professores, pesquisadores, alunos e ex-alunos. De fato na Engenharia Química já existe uma tradição em relação a esse tipo de preocupação em proteger as tecnologias que são geradas na unidade, talvez pela própria vocação da área, pois a Engenharia Química tem muita aproximação com as indústrias e convênios, o que naturalmente gera tecnologia comercializável e é interessante que haja proteção. Esse prêmio é uma coroação do caminho que a unidade vem seguindo. Existem dificuldades no âmbito burocrático e, como foi dito na cerimônia, a Unicamp tem o diferencial por ter a Agência Inova. Os profissionais nos dão apoio para o patenteamento, o que faz uma grande diferença. Valorizar quem tem destacado os números da Unicamp e trazido um retorno para a sociedade em termos de tecnologia comercializável sempre orgulham muito a Unicamp”. A engenheira destacou também a disputa que já ocorre há alguns anos entre a Unicamp e a Petrobras pela primeira posição como instituição com mais patentes. A Petrobrás, como lembra Marisa Beppu foi primeira instituição a patentear processos e produtos dentro do Brasil.
Francisco das Chagas Marques, professor de Física de Materiais, ganhador na categoria Patente Concedida por desenvolver um processo de obtenção de sensores de pressão e fontes de elétrons à base de carbono controlados por pressão, além do material de carbono obtido para confecção dos dispositivos, cujo campo atualmente é muito importante em tecnologia para atender diversas áreas da ciência, afirma que o desenvolvimento de novas tecnologias tanto na sua área como todas as outras é crucial para o crescimento do país e ressalta a importância do estímulo ao patenteamento. “É muito comum nós desenvolvermos um processo que é patenteável, mas não vamos atrás de fazer a patente, que é um processo burocrático e demorado, então os pesquisadores preferem publicar em artigos e perdem a oportunidade de ter um processo, uma tecnologia, patenteada que é importante para a Unicamp, para a sociedade e para a proteção daquela tecnologia que você desenvolveu. Esse evento estimula o pesquisador a procurar patentear seus produtos, a proteger a sua descoberta, suas invenções”, declara.
A professora Nayene Leocádia Manzutti Eid, ganhadora pela Faculdade de Ciências Médicas, desenvolveu, junto ao professor Li Li Min, um recipiente para processamentos radiográficos em câmara escura portátil que, para o dentista, significa uma economia de 86% desses recursos, além de diminuir o descarte de materiais tóxicos no meio ambiente. A ganhadora destaca a abrangência do evento para a sociedade, “toda inovação gera renda e emprego, o que é muito importante para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. As premiações que aqui foram dadas gerarão frutos que irão contribuir não só no meio acadêmico, mas também para todo o país”, diz. O evento passou a ser anual a partir de 2009 e este ano, além dos prêmios entregues, ex-alunos que participaram das pesquisas receberam menções honrosas. O histórico de premiações pode ser acessado através do blog Prêmio Inventores Unicamp.