Tecnología España , Salamanca, Viernes, 03 de febrero de 2012 a las 14:54

Análise mais fiável de qualquer composto químico a serviço de distintas pesquisas

Serviço Geral de Espectrometria de Massas faz de 2.000 a 3.000 análises todos os anos, solicitadas por pesquisadores de áreas científicas muito distintas e por empresas de diversos setores

José Pichel Andrés/DICYT “Qualquer um que tenha um composto químico e não saiba como analisá-lo, procura-me e pergunta se pode fazê-lo aqui”, afirma César Alberto Raposa Funcia, diretor do Serviço Geral de Espectrometria de Massas, que está integrado à Plataforma de Apoio à Pesquisa “Nucleus”, da Universidade de Salamanca. Suas palavras resumem perfeitamente o trabalho realizado neste serviço, que tem um grande respaldo de muitas áreas de pesquisa no âmbito universitário e também para as empresas que o solicitam.

 

Os pesquisadores que realizam síntese química necessitam confirmar seus compostos, mas este serviço também é fundamental para os que realizam trabalhos sobre os efeitos de pesticidas em águas, testes com medicamentos em animais para ver como se incorpora um composto ao sangue ou a células e, inclusive, os que precisam saber se existe biodiesel no óleo de motores de caminhões, para citar exemplos reais. Definitivamente, o campo de atuação é muito amplo e, por isso, em um ano foram realizadas entre 2.000 e 3.000 análises.

 

A espectrometria de massas é uma técnica de análise que tem essencialmente duas vertentes: de um lado, identifica um composto; de outro, detecta a quantidade de um composto dentro de uma mistura.

 

“Tradicionalmente, a espectrometria de massas era uma fonte de identificação de compostos. Se um grupo de pesquisa estudava um novo, pretendia confirmar se efetivamente era o que pensava medindo seu peso molecular”, comenta o diretor.

 

No entanto, há aproximadamente 30 anos começaram a aprimorar outros tipos de análises. “O fato de contar com métodos capazes de analisar os compostos de uma mistura fez com que disparasse a identificação de compostos de interesse ambiental, biológico ou fisiológico para os pesquisadores”, afirma o especialista.

 

A técnica é extremamente sensível, poderia detectar um composto somente com um picograma, isso é, a bilionésima parte de um grama. “A parti de uma pequena quantidade, é possível detectar um composto de modo quase 100% seguro”, afirma o diretor.

 

Cinco espectrômetros

 

“A técnica se baseia em medir o peso dos íons, a relação entre a massa e a carga”, comenta. Em linhas gerais, moléculas diferentes têm massas também diferentes, de modo que as identificando é possível saber de que composto se trata. Uma das vantagens da espectrometria de massas é que “é possível prever que tipo de sinal dará, de modo que a análise é fácil e seletiva para um determinado composto”.

 

A Universidade de Salamanca possui cinco espectrômetros, adquiridos pouco a pouco desde que o serviço começou a ser realizado em 1999. “Existem vários tipos de espectrômetros e cada um tem características diferentes para conseguir a seletividade de forma distinta. Existem alguns que fazem uma ionização reproduzível e, para cada composto, obtêm-se uma espécie de “digital”. Em outros, procura-se excluir determinadas fórmulas moleculares. Outra alternativa é provocar uma determinada reação química, uma vez que se tenha isolado o íon, e estudar suas propriedades para ver qual composto possui”, comenta.

 

Ainda que se trate de uma técnica destrutiva, isso é, que seja impossível recuperar a amostra utilizada, é necessário pouca quantidade, de modo que não é um problema para o pesquisador que solicita o serviço sua disponibilização.

 

“Procuramos dar os resultados de modo rápido, as análises realizadas de forma rotineira demoram menos de 24 horas, mas há outras que requerem o desenvolvimento de um método e levam mais tempo”, afirma. Por isso, não apenas os cientistas do âmbito universitário de Castela e Leão, mas também as empresas, interessam-se por este serviço.