Ciencias Sociales España , Salamanca, Jueves, 13 de diciembre de 2012 a las 09:23

FAPESP e Universidade de Salamanca incentivam projetos de pesquisa conjuntos

Dentro do simpósio ‘Fronteiras da Ciência no Brasil e na Espanha’ lançam um programa para financiar trabalhos em diversas áreas científicas

JPA/DICYT “A sociedade do futuro será a sociedade do conhecimento, de fato já é, mas isso aumentará de forma crescente”, afirmou Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil, na inauguração do simpósio ‘Fronteiras da Ciência no Brasil e na Espanha’, organizado pela Universidade de Salamanca e pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica do Estado de São Paulo (FAPESP) a partir do dia 10 em Salamanca.

 

Apesar das dificuldades econômicas, na opinião de Cardoso, a Europa não deveria descuidar a pesquisa e os investimentos sociais. Ademais, em sua conferência de abertura do simpósio o ex-presidente brasileiro falou da evolução política do Brasil de um ponto de vista acadêmico, já que esta primeira jornada do encontro dedicava-se às Ciências Políticas, enquanto as duas seguintes, dos dias 11 e 12, estarão focadas na pesquisa do câncer e na Física, respectivamente.

 

Em declarações aos meios de comunicação coletadas por DiCYT, Celso Lafer, presidente da FAPESP, ressaltou a importância que representa “a grande agência de São Paulo para o apoio à pesquisa” dentro do sistema de ciência e tecnologia deste estado brasileiro, cuja inversão em P&D é comparável a dos países da OCDE.

 

Neste contexto, os objetivos marcados em sua organização passam por “promover a internacionalização por duas razões: porque o progresso do conhecimento é fundamental para liderar os objetivos que a sociedade tem por diante e porque “hoje em dia a Ciência é internacional e o centro está por todas as partes”.

 

Na opinião de seu maior responsável, a FAPESP “está em condições de dialogar com todos os grandes centros de pesquisa” e nesse sentido este encontro com a Universidade de Salamanca é parte do esforço realizado com instituições dos Estados Unidos e Canadá. “A Ciência une porque os pesquisadores têm valores compartilhados em relação à curiosidade intelectual, à objetividade, aao diálogo entre pares”, indica.

 

Carlos Henrique de Brito, diretor científico da FAPESP, comentou que a fundação paulista analisa 20.000 solicitações de financiamento anuais para projetos de pesquisa, das quais apóia 9.000, cerca de 45%. Neste sentido, quer estabelecer uma colaboração com a Universidade de Salamanca para desenvolver projetos conjuntos, já que a atividade científica espanhola se destaca por sua qualidade e intensidade, afirma.

 

Áreas como a Física, Matemática, Química, saúde, agricultura, História, Direito, Pedagogia e Biblioteconomia serão beneficiadas em um programa que pode dar até 10.000 euros a cada um dos projetos apresentados e avaliados de modo favorável. A idéia, que será posta em ação oficialmente em março de 2013, é fortalecer tanto os grupos espanhóis, quanto os brasileiros, para obter financiamento em outras convocatórias e desenvolver projetos de pesquisa importantes, conforme esclareceu a vice-reitora de Pesquisa da Universidade de Salamanca, María Ángeles Serrano.